POV Anna
Nós tivemos um ótimo dia na Provação hoje, eu fiquei tão apavorada quanto animada com a ideia de entrar lá desde que ouvi histórias de algum mercantes independentes há pouco mais de um mês. Meu pai e o resto da minha família não acreditava em nada dessas histórias, também pudera uma estrutura estranha aparecendo no meio de um campo em uma floresta que já havia sendo visitada há anos sem nunca aparentar nada de especial exceto por ocasionais monstros que usavam Aether aparece de um dia para o outro.
É totalmente natural não acreditar em uma história dessas fora que mercadores são conhecidos por exagerar um pouco nas historias para poderem ter preços melhores no seus produtos, uma arte que se posso ser sincera eu e meu pai compartilhamos dominamos.
Mas com o tempo mais e mais histórias foram aparecendo, com frequência e consistência o suficiente para fazer até meu pai enviar alguns mercenários e pessoal para a tal estrutura para verificar a veracidade.
E quem diria, eles eram todos verdadeiros, quando meu pai viu os itens que poderiam ser obtidos ele literalmente dançou na estúdio dele por 1 hora inteira e se pre parou para começar uma empreitada comercial na aldeia mais próxima a construção, a qual os aldeões chamaram (com muito sentido agora que eu mesma experimentei como é lá) de Provação, um lugar de perigo e oportunidade que pode te fazer sobressair ou nunca mais sair.
Infelizmente meu pai, por confiar em seguir o plano seguro e racional acabou perdendo a oportunidade de conseguir controle exclusivo dos itens da Provação. Mas felizmente a posição do meu pai, seu senso de negócios e carisma natural são uma combinação tão potente quanto fogo e óleo.
Resultado, mesmo não tendo direitos de revenda exclusivos ele conseguiu um acordo extremamente benéfico para ele e nossa família podendo elevar ele até o cargo de presidente da guilda Pássaro Dourado que ele faz parte desde os 20 anos.
Infelizmente assim como o próprio nome sugere a Provação é um lugar que oportunidade e perda, e há três semanas atrás todos vimos uma das piores perdas, uma força de 200 cavaleiros (todos de nível baixo, misturados com muitos mercenários) com 2 magos (também de baixo nível) foram enviados pelo Senhor da região para "averiguar os riscos para seus súditos" depois de ouvir rumores o suficiente de vários mercadores, mesmo que meu pai e toda nossa família tenha tendado manter a existência da provão em segredo o máximo possível mesmo de outros membros da guilda para cimentar nossa posição na aldeia.
O resultado da expedição foi inacreditavelmente uma derrota esmagadora para a expedição dos quase 500 enviados (contando como os não combatentes) apenas 77 voltaram e sem o capitão, os dois magos, o vice-capitão extremamente ferido e vários com diversos níveis de ferimentos que mesmo com as poções feitas com materiais da próprios Provação ainda não foi o suficiente para curar totalmente todos.
Depois disso meu pai passou a repensar se valeria mesmo a pena se arriscar com a Provação, vendo objetivamente o dano não foi tão extremo quanto parece apenas novatos, mercenários e alguns cavaleiros de baixo nível foram perdidos, a capacidade militar nacional em si não foi mudada.
Oque mudou foi a noção de que nos humanos seríamos a única espécie que sabia como usar táticas avançadas em combate.
As outra raças como os habitantes das florestas, anões, druainias, etc também possuem táticas mas todos tem tendências específicas, quase que instintiva seguindo vários estudos de diversas ordens de magos.
Por exemplo os habitantes das florestas tem mais preferência por táticas de emboscadas e combate de longo alcance, é claro que eles também são mortais em combate próximo, mas é basicamente impossível um habitante das florestas errar com um arco em mãos enquanto que com a espada eles parecem demostrar uma certa relutância em usá-los mesmo fazendo com eficiência brutal segundo os rumores que eu ouvi.
Humanos por outro lado podem usar qualquer tipo de tática sem se preocupar ter qualquer tipo de relutância mesmo que não com a mesma eficiência, infelizmente incluindo táticas mais... moralmente não apreciadas.
Essa era a noção geral reconhecida e aceita por todos, isso até a expedição fracassada, onde os demônios- quero dizer, onde os goblins demonstraram tanto capacidade em táticas de guerrilha como humanos e habitantes das florestas, quanto ataques em carga da "cavalaria" deles que não perderam para de centauros, além de formações de infantaria e retaguarda fortes protegendo os líderes que lançavam magias equivalentes há magos de 4 ou mesmo de 5 grau.
Tendo isso como base muitos se perguntaram se não seria melhor selar a Provação e fingir que nada sequer tenha acontecido, uns dizendo até que deveriam remanejar as habitantes próximos para outros lugares enquanto outros mais radicais diziam que eles deveriam ser eliminados por possivelmente estarem contaminados de alguma macula ou maldição que a Provação teria.
Claro tudo isso era pura besteira e pretexto que vários mercadores que não teriam chance de lucrar com a Provação diziam, também em tentativa de minar o poder econômico que os mascates da região estavam ganhando assim como mercadores menores e obviamente meu pai.
Meu pai não era tolo e sabia que teriam vários invejosos visando a posição dele e sua fortuna, mas ele também era conhecido por preferir investir em diversas possibilidades com custo razoável, oque a Provação começou há se mostrar que não era além de terem começado a aparecer novas oportunidades com a possível guerra que alguns nobres estavam planejando começar contra o Marechal, o mesmo Marechal responsável pela região onde a provação estava, coincidência?
Mercadores não acreditam em coincidência muito menos quando se envolve a nobreza já estabelecida e uma estrela militar acendente.
Com tudo isso na mesa eu decidi que iria ver por mim mesma como era Provação e o estado da vila adjacente há ela, mesmo com relatórios detalhados de varias fontes confiáveis você sempre pode confiar ainda mais naquilo que vê.
Sem surpresas meu pai e o resto da família foi contra, mas usando todas as habilidades de persuasão que eu aprimorei desde que nasci eu consegui convencê-los a me deixarem ir com várias condições, levar guarda costas, um guia competente, sempre ter um item de teleporte (algo extremamente caro mesmo para nobres), e eu tive que prometer que se eu tivesse que escolher entre as pessoas com quem eu estaria lá e me salvar eu deveria fazer o segundo sem olhar para trás.
Com essas condições cumpridas eu começar a me preparar para ir a provação com três guarda costas que também eram grandes amigos meu, a Cali, o Max e o Mav, a Cali sempre e foi esperado já que ela se juntou ao templo com o patrocínio do meu pai para ser treinada e mais tarde virar minha ajudante, empregada, guarda costas e oque mais fosse necessário.
Max e Mav eram filhos gêmeos de um dos parceiros e amigos do meu pai, mas não um mercador ou mascate, mas um chefe de restaurante não o mais famoso mas com certeza o melhor, meu pai se ofereceu para patrocinar o negócio dele quando eram jovens mas ele recusou disse que só queria o suficiente para poder viver e criar os filhos e que queria poder fazer pratos para pessoas de bem não para quem tivesse dinheiro para jogar fora.
Uma mentalidade que os filhos herdaram, de serem humildes mas de resto eles são totalmente independentes, ainda mais por não querem herdar o restaurante e como todos jovens sonharem em se juntarem a ordens de cavaleiros, com a ligeira diferença de que ambos realmente tinham talento o suficiente para entrarem em ordens.
Meu pai decidiu que ao invés de se tornar um patrocinador do restaurante ele decidiu se tornar um investidor silencioso do restaurante e patrocinar ativo de dois futuros cavaleiros e eu me tornei amiga deles.
Sabendo da capacidade dos três meu pai aprovou a minha irmã só faltava agora o guia e por sorte um dos primeiros desbravadores da Provação estava bem na nossa cidade, além de ser um dos sobreviventes da campanha desastrosa que veio junto do seu mestre para ajuda-lo na sua recuperação, um jovem aprendiz de caçador chamado Connor.